Tínhamos nos programado para acordar às 7:00, já que o tour
para Maras Moray estava marcado para às 8:20 em frente a nosso albergue, mas
acabamos sendo surpreendidos às 6:00 com uma das brasileiras dizendo que tínhamos
que encontrar com o Yuri (O agente que nos vendeu o tour do Valle Sagrado e
Machu Picchu) às 7:00 em frente a Peru Rail urgente. Ele, espertamente, esqueceu-se
de pegar nossos dados e, sendo assim, não podia comprar o trem para Machu
Picchu. Corremos, mas das 7:05 as 7:40 não havia ninguém lá. Fomos trollados...
Voltamos para o hostel. Tomamos café e, no horário
combinado, encontramos a mulher que vinha nos buscar. Caminhamos até a Plaza
Regocijo, próxima à Plaza de Armas. Uns 15 minutos, no máximo. E lá ficamos...
Conhecemos um casal que vinha da Itália..., negamos uns 28
pedintes e uns 34 vendedores... e acabamos achando os brasileiros, que iam
encontrar com o tal Yuri. Fiquei com as mochilas enquanto Carol corria para
encontra-lo. Não tivemos alternativa senão deixar os passaportes com ele. Não
gostei nem um pouco da ideia, mas era o jeito.
O mochilão te faz ter que confiar mais nas pessoas. Coisa
que não é da minha natureza.
Confiamos...
A van do tour era igual àquelas Spriters brasileiras e, como
chegamos por último, não tinha mais lugar. Conclusão, tivemos que ficar na
frente. É!!! A frente, que eu acho o melhor lugar disparado, era o lugar que
tinha sobrado para irmos. Jackpot total!!! Hahahahha
Chinchero foi a primeira parada. O ponto mais alto que já tinha
chegado. Mais ou menos 3800 metros. Tivemos uma aula sobre tecelagem e
tingimento com várias Cholas naquelas roupas típicas. Tirei uma penca de fotos
e comprei um Chullo (Aqueles gorros típicos do Peru) que, depois de uma
barganhazinha de leve saiu por 15 Soles (10 Reais!!). De leve mesmo, afinal, as
coisas lá são muito baratas. Barganhar muito era demais até pra mim... Hehhehe (Era
de pele de lhama e feito a mão!).
Continuamos até Moray, um lugar meio alienígena. Era um
conjunto de prateleiras construídas com pedras, com um formato cônico que possuía 150 metros de profundidade e que tinha a função de testar as várias espécies
de alimentos, Principalmente as batatas e o milho, em diferentes condições de
altitude, luminosidade solar e solo. Fomos até o fundo e voltamos. 150m de
subida. Uma maratona para o segundo dia de altitude.
De lá pegamos a estrada. Por paisagens que lembravam a Europa,
lamaçais e despenhadeiros muito próximos nos dirigimos às minas de Moria
(Brincadeira NERD!!!!). Eram as minas de sal de Maras mesmo. Minas que, desde o
período inca, não pararam de funcionar e, hoje, retiram Sais de varias
qualidades. Alguns utilizados nos melhores restaurantes do mundo.
Um vale cheio de piscinas de até 30 cm de profundidade que,
abastecidas pela água que vem da montanha, fica esbranquiçado de cristais de
sal.
Já atrasados, voltamos para Cusco destruídos. Não tínhamos nem
tempo para o almoço. Fomos conduzidos direto para a primeira parada do segundo
tour do dia. Sayqsaywaman.
Sayqsaywaman, também conhecido dos turistas por Sexy Woman
(Todos fazem essa piadinha quando ouvem o nome pela primeira vez), são ruinas
que dividem opiniões: Era tratada pelos historiadores inicialmente como uma
fortaleza, mas hoje já se fala em construção de caráter ritual. Não sei bem o
que acreditar já que foi centro de grandes batalhas entre Incas e espanhóis e descrita
por Pizarro como um centro militar, que estocava armas.
Acabou que o “descobridor” espanhol destruiu o
templo/fortaleza e usou suas pedras nas construções da Basílica de la Virgen de
Asunción e a Iglesia de la Compañía de Jesus, Na Plaza de Armas de Cusco.
Ignorando um pouco essas teorias e prestando atenção nas
construções em sí, da pra ficar muito intrigado com o: como aquelas pedras monstruosas
se encaixam perfeitamente?... Do tipo Stonehenge?!? WTF?!?
Um pouco mais a frente chegamos em Tambomachay. Fomos direto
comer o famoso Choclo (Um milho gigante, servido com uma fatia de queijo
parecido com o nosso minas).
Tambomachay é um templo todo irrigado por aquedutos
destinado a adoração do deus fertilizador da terra, Que agora minha memoria de
peixe não mais alcança... To ficando velho...
Pukapukara: Com função política / militar, é situada num
morrote. Um bom lugar para fotos.
Como ultimo ponto do tour Qenqo. Um enorme templo dedicado a
Pachamama, A Mãe Terra.
Era protegido por uma enorme cabeça de puma que, assim como outros
símbolos da cultura Inca, foi destruído pelos espanhóis.
O templo tem uma grande abertura que leva ao seu interior
para que fossem feitas oferendas e que, como uma caverna, simbolizava o ventre
da mãe terra.
No retorno a Cusco passamos numa loja de artesanías. As mais
caras possíveis...! Querem porque querem te empurrar uma Chompa de Alpaca
bebe... huahauhau.
Na cidade, resolvemos esbanjar um pouco indo num
restaurante. Com um menu de 20 soles tínhamos direito a entrada, prato
principal, sobremesa e uma bebida. Comemos umas sopas típicas, sempre com muito
milho, carne de alpaca e lomo e o famoso e disputado por Peru e Chile, Pisco
Sour.
Pisco Sour:
2 doses de Pisco (Aguardente de Uva)
3 doses de Suco de Limão
1 colher de chá de Açúcar
¼ de Clara de Ovo
E um pouco de Gelo
(A receita varia muito)
E voltamos para o Hostel, sem imaginar a noite que nos
esperava...
Só no próximo post...
Nenhum comentário:
Postar um comentário